Thursday, March 05, 2009

re-pré-homeo (6)


VARIAÇÕES NEO-NEO-CANIBAIS (g’anda propaganda!)






Aqui como uma espécie de aquém imanente? Disléxica luz, velocidade andaluz. Lições ofegantes, dissimulacros galantes.


A eterna e badalada balada do não-dinheiro? – a nossa pulsão passa ao lado das espinhosas contradições da economia e dos êxtases palermas do mercado

Folklore de ansiedades constantemente ultrapassantes – futurismo de banda-desenhada, dansa anti-arcaica e com horror a modernices de ocasião – consciencia ops! e upa, e paf!

Infraísmo – sempre de baixo, com um tesão serpentino, poli(a)morfo e perversito que se enrosca nos nós ornamentais dos politoniversos.


Denso incumprimento das normas não-elementares e alguma aquiescência para com as ditas cujas.






Partimos porque nos partimos e nos reconstruímos sem paraísos artificiais nem utopias antes de ser beras, nem ultra-capitalismo de excessiva acumulação e muito menos saudosismo arcaísante pela natureza incontaminada


- Apolínea ginástica vitamínica

(e Psafé, a rapatorada)
upgrade do belo e
da ugliness
Saber
Por saber
Curiosidades empáticas
Astuciosas cavalgadas
Empadas iluminadas
Mais buda que buda
Nirvana sem nirvana e com tudo lá dentro
Algo parecido com a estética
Como direcção mais intensa de tudo


As recursivas curvas

A vitória de Samotrácia e a Venus de Milo
Continuam a ser belíssimas
Na sua velocidade erótica
Os qudradrados negros de Malevitch e Reinhardt
As mamadas da Cicciolina
Os desastres de Wharhol
As caninas investigações de Kosuth
E as palhaçadas da Cindy Sherman
Não retiram um pentelho de vigor
À velhíssima arte
Por mais que hoje se venere o fetichismo do retro mais recente

A empatia e a simpatia são o apetite sexual da carne pela carne – em ultima instancia canibal, e em primeira instancia algo pré-canibal, porque o mundo só é reconhecível como algo semelhante desde que delirantemente antropomorfisamos, com ou sem a «nossa» medida das coisas.

Criar é estar de facto na e com a artephisis (na caminha naturalis que também é todo o artificial)

Digam bye-bye aos vazios postiços e seus info-budisses/bodeguices!

Nirvana-Samadhi de abduções proteicas?!

Declamamo-nos exímios neo-neo-neo-caniboys (com belas surfistas em bikinis que dão prazer aos olhos lúbricos dos deuses, monoteístas ou não... - allways surfing para além da melancolia e das atracções momentâneas dos infinitos).

Partimos de uma situação avacalhada e recorrente – o pastel da crise económica com anti-depressivos na carteira do mais corriqueiro cidadão. & o esterco. & a mediocridade (pintada em vermelho estalinista de touradas). A necrolomancia.

Não há cheta? Paciência – há a «chita».

Continuamos fãs dos imperialismos culturais estrangeiros – e enquanto não formos uns reles imitadores da mais pseudo actualidade não nos reconhecem as tias de Cascais. Às tias o que é das tias!

Import-export mais activo? E porque não – fora dos aspectos dinheiristas do comércio – transacção para além da especulação.

Armadorismo com génio e graça? Ou profissionalismo com marketing e desgraça?

Há que «acabar» com a baixa produtividentidade (nula convicção) – e a plenadepertensões orgia-nalidade: os homens-macacos-eminentes-e-nobre-cidadãos, o genético e o genésico) (pff!)


Façamos o contrário (arriba Kairós): pastiche de infracção, egocentrismo sem egomanias, responsabilidade do sujeito pluralizando-se sem excessivos direitos autorais em remaking o que foi renovadamente refeito. Poliandria/poligamia no acasalamento de tudo com tudo com direito a sacramentos hipernaturais.








O neo-neo-neo-canibalismo provoca o saneamento do que era supostamente primordial por um actual cada vez mais complexo, puro-impuro, miscigenado, transformante: Auto-hetero-cura de um apetite gargantuesco pelo canónico e pelo excessivo. Uma homeostética dissolvendo a estética numa para-estética, e com ela todos os trocadilhos que trocam a velha arte por uma renovada aposta muito mais velha do que a arte.

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