Sunday, October 28, 2007

Cancioneiro Explicadista do menino Eduardo


Numa modesta homenagem ao grande e escarafunchissimo percursor (ò mestre)na secreta (de porca) cadeia pornoecológica (refiro-me òbviamenta a E. B., a propósito do qual o Alexandre Conefrey aguarelou recentemente um «Arrgh!»).

E.B. (batarda para os inimigos, eduardo para os intímos?)introduziu o titulismo complexo de uma forma sistemática, referência obscura, marota, òbvia, piada particular, «trocalho» (años 70) - literatura que acompanha a «yarte» (como, por exemplo. em Kitaj, mas poderiamos recuar a Duchamp e outros marmanjos espirituosos). E.B. também é um extraordinário atractor de gralhas alheias, que se ajustam conspirando contra a sua boa imagem.

Neste caso trata-se de forjar uma autobiografia rápida com referências à auto-estima erótica da nação

Assim sendo aqui vai




(romance experimental em titulos de pintura)





1. Guide to Cowture (gaudemus!)
2. Vortex Explicadista (virtús complicadista)
3. Baba de Babel (Vavá de Marcelo)
4. Mães de Manhe (Minhos de Mim)
5. Traumatic trends in tantalizing totalitarism today
6. Horror Minimalis (terror puritano)
7. Demiurgia abscondita (fusões empresariais)
8. Explicação das Massas à Arte (à putanesca (+ didactismo)
9. Decomposição de Porneia by Julian Ratón (d’aprés Julio Pontinha)
10. The Nacho Men (relleno)
11. L.C.C.Q. (hot chocolate)
12. D’aprés d’aprés quelque chose (hipernature morte)
13. Orgias Conceptuais em Alcabideche (escabeche neo-situacionista)
14. Claude Pornopop Von Lorrain & Vilhena (suite pornoecologica)
15. Boomerang Boom (representação cómica dos infernos)
16. The Return of the Turner Prize (although I do not hope to win the Turner Prize again)
17. Halt Couture (é pericoloso sporgersi)
18. Estética Hespérica (logos spermatikos)
19. Frique Fragmenta (fake folk)
20. Enragé (aux dames citoyens!)
21. Yoga para caramillos (toga para matraquilhos)
22. Terno terrorismo (remembering Torremolinos)
23. «Sempre quis ser um enfant terrible» (ora, ora!)
24. Testamentos vetero-budonguianos (eternidade vaca)
25. Hedoné (after all) and not dianoia (g’anda noia!)
26. Rise and decay of imbecility (vide Vico)
27. The remains of late conceptual art (mindscape)
28. Danos co-laterais de excursões culturais
29. Introduction to oblivion (não te escapas!)
30. La Naturaleza es muy eclética (Diós, lo mismo)
31. In The Seraglio with Confucius (chinoiserie)
32. Carrilhões no beija-mão a Carrilho (saudosa guitarra guterrista?...pfff!)
33. Elastic is better than classic (and even better than nature)
34. Cabula Rasa (Cabala de rasas)
35. Beatriz Batarda (after Dante, o pedófilo) – uma vida novinha em folha
36. Cozidinho português de artes (ou cataplana?)
37. Minotauromaquias tretatéricas (minorias beatnicas)
38. Irreversiveis (lições de pianismo isotérmico)
39. Chic cheapness (double payed)
40. Tronos & Indeterminações (traumas & turbilhões)
41. Dez puros & Pés Duros
42. Modos de ver (e foder) o freguês
43. O teu estilo é a minha forca (ton stylo c’est ma farce)
44. Never Clever (To much clever to be clever)
45. Esperteza Saloia en su salsa (com alhinho)
46. Bater a bota (abater a beta)
47. Estafado (estufado!)
48. Gaita de gota (a vida dá muitas multas)
49. O cúzinho canalha da Europa (Samora Machel no cabo Espichel)
50. Mafarrico Honesto (marafona funesta)
51. É do Branquinho (da Fonseca)
52. A mariquinhas (rua bizarra, lua bezerra)
53. Édipus Titannus (vacas loucas, trevas louras)
54. A moda do pisca-pisca e da piscanálise (Freud Pimba em 90 e tal)
55. É coiso coiso (nhec nhec nhec nhec)
56. O Calhambeque (quero buzinar)
57. Gaitas de Folhos (gatas de folias)
58. É fodido! (mas finório!)
59. Morcão babélico (papão barbélico)
60. Fisioigonomia (dar de caras com um cara)
61. Méxicu (quina barreiras)
62. O quéquinho da Bárbara (as quecas dos bárbaros)
63. Odvidovinho (tapume em Los Angeles)
64. Virtus (invitation to invention)
65. Tirar a temperature (centigrados e Celsius)
66. Supressionismo abstétrico (piruetas do piruças)
67. Lolita na sanita (2) (Nabokov na Cova da Moura)
68. Castilhão, o cortesão (Feliciano en su Castilho)
69. Gingão ( laca, juke-box e festival da canção)
70. Ólio sobre tôla (ou tóla) – pintura lambuzada em lambada
71. Pasolini ( Mamma Mia e Papa Pio)
72. Merda no Metro (renda retro)
73. Josélito Cerquera (El Bimbo!)
74. Pelos beicinhos (trazê-los sempre)
75. O Grelinho Pelado (ou grilado e peludo?)
76. Vêr pelo canudo (vir-se pelo carnudo (var.: cornudo))
77. Onde está o buzilis (what’s up doc?)
78. Descomplexado (desfiável e desconfiável)
79. Antropologia Tripeira (antologia azeiteira (estrutural III))
80. Pensamentos que te fazem artista (artes que te dizem «penso»)
81. Macaquinhos do chinês (no sotão)
82. De outro nivel (era o que faltava)
83. Abonecado (biqueira de sapatos)
84. Os prognósticos do despois (e as despesas das pensões)
85. A modos que... (panegirico de uma célebre modista)
86. O Código da Manicure (e da Madame Curie (vedantica))
87. Apitó Cumboio (o pito do regime)
88. The Devil is a Woman (a civilidade para meninas, não é, Marlene?)
89. Coup de Foudre (estribilho joyciano)
90. Anch’io son artolas (andaste a ler nos Astros ou nas Bolas?)
91. Grande vaca (de estimação)
92. Abochanado ( Mein Herr)
93. Leite-creme (como só faz a avózinha)
94. A bota com a perdigota (bater e não bater)
95. Os alhos e os bugalhos (dar ou não dar)
96. O cú com a cara (? ou não?)
97. És mesmo quadrado (a propos d’un fameaux tableau)
98. Stuzzicadenti (com pizzicatos)
99. O Ouro do Reno e os Palitos de La Reine
100. Mr. Natural na Brandoa (a quem doer!)
101. A profanada marquesa (mijo de megera indomável)
102. A esmolinha e o ceguinho ( la caja)
103. Fingerprints (The Flinstones)
104. Cosme (edições)
105. Piranhas no Pireu (picanha no pneu)
106. (classe alta em baixa) (laparoutos na lapa)
107. Legião Portuguesa (sob a sombra de Beau Geste)
108. O provincianista (e o cosmopoliteiro de Miranda)
109. A Pintora Rosa (Pink Lassie, Punk Lessing)
110. Overdrive (oldsmobile sutra)
111. Cavalcanti (onde está a prima memória?)
112. Os embaixadores (em Calavera de La Reyna?)
113. Oxfordiano nú em Cabanas de Tavira (alguns refrões wittegensteinianos e certos feijões)
114. Alcuíno (Aleluias)
115. Pinto da Bota (Tinto da bosta)
116. Olheirismo (caneladas e outras farras)
117. Desvestimentos (majas desnudas, baja las bermudas)
118. O que dá na veneta (e o que doi na venta)
119. Romy, a Mulher-Leoparda (beurk! No comments!)
120. Kaúlza (arriaga de porrada)
121. Eduardo, Lapa ed io (sonetofilia 7)
122. Broncó Bili (branca de neve e as sete citações)
123. Ezra na prisa (maningancias malatestinas)
124. Batatinhas fritas (baratinhas belgas)
125. Os tempos que correm (e os espaços que desistem)
126. Folias pastora (Cyrano e o sicrano)
127. Palestrina na latrina (oleo jacto est)
128. Bera Ibéria (e tola Itália)
129. Esquentamento & espancamento (casuística)
130. Bairro Alto (e pára o baile)
131. O prepucio de Propécio (o catarro de Catulo)
132. Resguardos próprios de um cavaleiro inducado como deve ser (disciplina sentimental)
133. Imperial (mais uma...)
134. Nhanhosa (nojenta)
135. Saleros de Salieris (fandangos de fancaria)
136. Os cão-pichas ( e as ratas de poche)
137. Um Valium para messieur Voltaire (um supositório para a Madame Lacontesse)
138. Maçonaria do tabaco (opus dei do tintol)
139. Campeonato nacional de yo-yo (mau)
140. Balada do homem-rã (de Brito, o Profeta)
141. Colosso de Rodão (caliça de Rodin)
142. Cadência perpétua (wagnerianismo minimalista)
143. Camonismo, camionismo e comunismo (g’anda Camões!)
144. O que é vital em Ravena (o que é fatal na faena)
145. Burrito (ai burrito!)
146. Saúdinha é que é preciso (plagios medicinais Couto)
147. A arte de bem passar depressa a ferro (a mamã é que sabe!)
148. Torresmos (a rodos)
149. Merendinha (é de vómitos!)
150. Roma, cidade aborto! (ou Pavia, em nenhum dia)
151. Rafeirismo desobriga (nobreza desbraga)
152. Pinga e apeneia (respiração assistida)
153. Praceta da treta (virginia victorino)
154. Suicidios por interpostas pessoas (ad hoc)
155. Panqueca pateta (gofre)
156. Marajás, marujos, maracujás (Cezarini no Santini)
157. Vasos gagos (visas gagás)
158. Absprexionism (autorretrato politonal em cancioneiro policial)
159. Lisbon School (p’ra inglês ver)
160. Trapalhadas sexuais (o bombeiro e o taberneiro)
161. Figura de urso (factura de asno)
162. Arenque furtado (ilhas Faroé)
163. Lanchonete (garota junto a estádio)
164. Ford Capri (c’est fini)
165. Fox a trote ou a galope (Samantha meats Kosuth)
166. Tangoso (Carlos Gardel sem gardol)
167. Paneleirice (francesinha especial)
168. Vilipendência (dependência bancária)
169. Horta de arte (coscovilhices ajardinadas)
170. Marmanjo, um tal (que conheci em tempos)
171. Retrato na retrete (com paisagem ao fundo)
172. As sisters da Cister (e o papá surrealista)
173. Dar bandeira (rir a despregadas para as empregadas)
174. Pepineira peninsular (um pepino breve)
175. Propinas e propaganda (Agit Pop)
176. Esquinas (equinócios)
177. Primavera marcelista (mandrágora marxista)
178. As ovas de Colombo (os ovários de uma ova)
179. O chunga do ventoso (teoria do romance japonês)
180. Tortilha schubertiana para mr. Rossini (truta com trufas)
181. Sapateado (da turma da Mónica)
182. Calçada portuguesa com calçado português (campeão nos pés)
183. El (Buñuel e Lissitsky)
184. Tropa fandanga (a marchar é que a gente se entende!)
185. Golpe de Sartre (enchidos «enxistencialistas«)
186. Solitária (bicha)
187. Cavalaria Rusticana (fanhosa)
188. Higinus e descreminação (racismo?)
189. Pés de atleleta (pús de aletheia)
190. Escadarias de Odessa (em picadilho)
191. Saldanha Sanches (o mártir maoísta)
192. Tocar a finados (traques de finórios)
193. Cara de um cú (os bifes, ça existe?)
194. Sanjo (sapatilhas)
195. Coelheira anti-modernista (arf! arf!)
196. Shakira em Vila Franca de Xira (camp e campinos)
197. Carmo y Trinidad (sempre a cair)
198. Amor de Perdigão ( Madalena a seus pés)
199. Amor de Salvação (grande barrete!)
200. Curadorias (champô Duchamp anti-arte)
201. Echarpe (de escape)
202. De Arroios aos Anjos (ataque de nervos!)
203. Réguas Molin (Edgar Morin)
204. Respiração boca a boca (deixa-te de bocas!)
205. Oligarquia na autarquia (de Antioquia a Antuérpia)
206. O catano e o caneco (Fred Astaire)
207. Estaline gorado (goraz estufado)
208. Golpes baixos (altas cavalgadas)
209. De profundis (perfume escatológico)
210. A Madona da Madragoa (a mandona da Mouraria)
211. Marraquexe e Massamá (Mallarmée e a missa de L’Homme Armé)
212. Periferias artistica (patifarias autistas)
213. Comédia de Deus (avé Cesar!)
214. Marinheiros de garra (comandos de gorro)
215. Luis Euripo (levar uma pêra e depois ir à rede)
216. Os pastorinhos e o lontra (itenerário oitentão)
217. Jaime Neves (obrigadinha p’lo brigadeiro!)
218. Balada de Gil Paixão (el cheiroso)
219. As ilusões aparecem (as parideiras aludem)
220. Xissa penico (chapéu de Chanel)
221. Green Acre (viver na campa)
222. Estado do relvado (futebois em Fátima)
223. A luneta de Tesauro (as barbas do barroco)
224. Apre, òpera! (los hermanos Marx)
225. O alienista (loucura no prego)
226. A Santola satânica («também há pica-pau»)
227. «É o bicho, é o bicho» («vou-te devorar, crocodilo eu sou!»)
228. A bagunça dos braganças (restaurações)
229. Os arrozes que te dou (e as arrofadas que te roubo)
230. Os benefícios das dúvidas (e os malefícios das dívidas)