artephysis é o «segundo» termo homeostético, indissociável da palavra homeostética -
regra geral pensava-se a arte na sua relação de «imitadora» da natureza, ou, na perspectiva mais esteticista e paródica de oscar wilde, como uma percursora do que é possível vislumbrar na natureza - segundo o canudo heideggeriano ou braudillardiano, a velha tékné torna-se incontornável e o seu incontrolável poder hiperrealiza-nos, tornando-nos um dejecto do seu assombroso poder - mas o troglodita, apesar das próteses, continua a fazer das suas (mesmo quando o planeta encena o seu HARA-KIRI!)
na perspectiva homeostética a coisa é diferente - a physis (traduzível ou «intraduzível» pela mais acessivel noção de natureza) é já arte, no sentido vasto em que esta é uma pulsão-produção poética e também um modus operandi - de certa forma os nossos terríveis recursos tecnológicos são mais uma manha que a physis encontrou de explorar potencialidades de um modo mais directo, ou se preferirem, mais perverso.
A homeostética surgira assim como algo que instiga essa caracter exploratório presente na artephysis introduzindo equilibrios e desiquilibrios, simplificações e complicações - no fundo trata-se de gerir um apetite metamorfico, de abraçar a diversidade e a complexidade com alguma economia e funcionalidade.
Por isso mesmo a Homeostética procura multiplicar os pontos de vista sem se reduzir a um ecletismo - serialização pluralista (e sincretista-eristica), como em Fernando Pessoa? Claro. Mas também algo como uma arte homeopática, não apenas no sentido em que a arte, como boa vigarista ou vulgar terapeta (feiticeiro ou médico encartado), curaria «você», mas um passo mais à frente de uma consoladora beleza, ou saúde, ou felicidade. Não se trata de aperfeiçoar, nem de melhorar, nem de superar, mas de levar o caracter lúdico da artephysis a intensificar mais e mais as suas possibilidades.
Os primeiros apontamentos sobre a artephysis não passavam de pretenciosos apontamentos que foram reconvertidos 20 depois. Damos aqui em excerto (longo!):
regra geral pensava-se a arte na sua relação de «imitadora» da natureza, ou, na perspectiva mais esteticista e paródica de oscar wilde, como uma percursora do que é possível vislumbrar na natureza - segundo o canudo heideggeriano ou braudillardiano, a velha tékné torna-se incontornável e o seu incontrolável poder hiperrealiza-nos, tornando-nos um dejecto do seu assombroso poder - mas o troglodita, apesar das próteses, continua a fazer das suas (mesmo quando o planeta encena o seu HARA-KIRI!)
na perspectiva homeostética a coisa é diferente - a physis (traduzível ou «intraduzível» pela mais acessivel noção de natureza) é já arte, no sentido vasto em que esta é uma pulsão-produção poética e também um modus operandi - de certa forma os nossos terríveis recursos tecnológicos são mais uma manha que a physis encontrou de explorar potencialidades de um modo mais directo, ou se preferirem, mais perverso.
A homeostética surgira assim como algo que instiga essa caracter exploratório presente na artephysis introduzindo equilibrios e desiquilibrios, simplificações e complicações - no fundo trata-se de gerir um apetite metamorfico, de abraçar a diversidade e a complexidade com alguma economia e funcionalidade.
Por isso mesmo a Homeostética procura multiplicar os pontos de vista sem se reduzir a um ecletismo - serialização pluralista (e sincretista-eristica), como em Fernando Pessoa? Claro. Mas também algo como uma arte homeopática, não apenas no sentido em que a arte, como boa vigarista ou vulgar terapeta (feiticeiro ou médico encartado), curaria «você», mas um passo mais à frente de uma consoladora beleza, ou saúde, ou felicidade. Não se trata de aperfeiçoar, nem de melhorar, nem de superar, mas de levar o caracter lúdico da artephysis a intensificar mais e mais as suas possibilidades.
Os primeiros apontamentos sobre a artephysis não passavam de pretenciosos apontamentos que foram reconvertidos 20 depois. Damos aqui em excerto (longo!):
Le soi-disant orgão genital do movimento neo-canibal
(1982)
mais tarde
(1983)
convertido no dito cujo Movimento Homeostético
Irmãos inumanos: a grande saída do já velho impasse estético-ténico-artístico repousa (graças à sua dulcíssima agitação secreta) na physis (vulgo natura), esse espectro da fecalidade ( dejectísmo-abjeccionismo) que as leis da termodinâmica põe em ebulição como pastel em arrefecimento nos arredores dos arredores.
E o que é a physis ((a natura desnaturata)) ?
Dirão: é a balbúrdia na classificação e a categorização das excepções, isto é, o movimento sob o qual Heráclito dorme no seu sono de estrume heroico!
Não defenirei (isso jamais!) a arte senão como variante de defenições poltronas que nos temeram preceder. Ousemos criar os nossos tímidos percursores colocando bombas debaixo das suas doces estátuas!
Por isso passo a bola à artephysis! (?)
E o que é a artephysis?
A zona erógeno-vegetal-animal do pensamento onde se processa toda a criação (na sua vastidão gloriosa digna de ser filmada por mr. De Mile)?
A glândula onde a complexidade encontra a sua imagem genésica ou primordial com parra a esconder o exibicionismo adamico já que a Eva nada tem para esconder?
E esse primordial é neo-complexo? É uma reorganização? É uma fraude? É uma conspiração vagamente neo-nazi? Ou uma boa intenção franciscana com pulgas e tudo?
Alguns dirão: ficção[1]! E porque não? A artephysis é uma concretização da arteficção, uma metáfora cuja imagem é o socialismo estético (em versão de falanstério filosófico-ecologista!)
; é pois pela sua mudança que ele alcança o repouso (Heráclito again and again and again).
A artephysis é o fruto bem maduro do mais cabotino pretenciosismo que acabará por se tornar simpático e digerível com a adaptação perfeita a uma sociedade de inadaptados.
Ela implode em metacatástrofes poligenésicas, caosgenéticas e totoloticogenéticas,
É, quiçá, a superestrutura (juras?) que cede o lugar à poliestrutura (ora méssa!)!
É a Civilização (com a sua propensão para a denegação) que se desagrega em focos civilizacionais interactuantes e bué da afirmativos (Amén!)!
É a individualização colectiva (fim da moda?) processada a um nivel multiforme e hiper-complexo (renascimento de cómicas cloacas locais em diálogo delirante umas com as outras?), e não a individualização uniformizadora de consumidor passivo na era da globalização niveladora (bof!).
Ou ainda a inflação da inflexão (crescendo de pontos de ruptura e de manobras de diversão com comício e carrinhas a vender sandes!)?
Uma verdadeira artephysis (natureza homeosteticada e desdomesticada) é filha destes dois casos clínicos que passamos a explicitar:
a)A crueldade : a crueldade é a intuição (bolchevico-kantiana) no seu estado de máquina de guerra produtiva. Criar implica transformar, logo, implica destruír, sem condescendência, todas as formas panhonhas que atropelam o expansionismo vitalista! (Heil Hitler!)
b)A fraternidade: a fraternidade é a partilha instrumental dos fluxos criativos. No fundo, no fundo, somos todos filhos de um Demiurgo (falhado? morto? falso?), seja de que tipo fôr. Irmãos, como já disse (parafraseando Villon) inumanos, ma non troppo!
Tudo isto devia ser mais explicadinho ainda...
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