Encontrei mais um manifesto homeostético já passado a limpo e do qual tenho o manuscrito e que não está entre os manifestos "completos"
EX – CURSÕES HOMEOSTÉTICAS
(1986 )
Contra o neo-construrivismo: a propagação decadente de um modelo esvaziado. O último atalho da metafisica, radicado na estética da incumensurabilidade, na arké, do significante. O neo-construtivismo é um deserto nihilista, anti-artístico, baseado nos critérios do não-dispêndio, da retenção do ser interjeccional, num narcisismo sem rasuras e sem corpo – como tal é objecto como o são todas as coisas relativas á essência e ao ob-jecto.
Educação espartana – a flexibilidade e a força de uma disciplina! De uma guerra subtil a todos os artistas instalados no sue trabalho hipnótico, escasso, balofo, vivendo da indisposição para o Entusiasmo da arte. Por isso opomos o músculo, a vertigem diária de uma ginástica, o horizonte de um inimigo permanente, multiforme, qual monstro oriental que perpétuamente é atingido e que perpétuamente se transforma.
Este músculo nómada que constantemente funda (dá fundo), novo Alexandre, devastando e infligindo uma marca duradoura às Àsias artísticas – novas capitais desta purgaturial muscularização.
Não deveremos nós recusar a mais ignóbil das prostituições: a assinatura?
O estilo – se o estilo é essa excessiva proeminência das saliências e das pregnâncias então sou um idolatra do estilo, um praticante dos seus mistérios, um cultor dos seus segredos. Porém há que levar mais longe o estilo como sua dissolução acentuando ainda mais as suas convexidades e concavidades, aumentando o delirio das diferenças, retendo as guerras e os impetos. Esse estado explosivo e cruel é porém uma criatura minuciosa, apta às vezes para as mais espetaculares economias assim como para os faustosos dispendios.
EX – CURSÕES HOMEOSTÉTICAS
(1986 )
Contra o neo-construrivismo: a propagação decadente de um modelo esvaziado. O último atalho da metafisica, radicado na estética da incumensurabilidade, na arké, do significante. O neo-construtivismo é um deserto nihilista, anti-artístico, baseado nos critérios do não-dispêndio, da retenção do ser interjeccional, num narcisismo sem rasuras e sem corpo – como tal é objecto como o são todas as coisas relativas á essência e ao ob-jecto.
Educação espartana – a flexibilidade e a força de uma disciplina! De uma guerra subtil a todos os artistas instalados no sue trabalho hipnótico, escasso, balofo, vivendo da indisposição para o Entusiasmo da arte. Por isso opomos o músculo, a vertigem diária de uma ginástica, o horizonte de um inimigo permanente, multiforme, qual monstro oriental que perpétuamente é atingido e que perpétuamente se transforma.
Este músculo nómada que constantemente funda (dá fundo), novo Alexandre, devastando e infligindo uma marca duradoura às Àsias artísticas – novas capitais desta purgaturial muscularização.
Não deveremos nós recusar a mais ignóbil das prostituições: a assinatura?
O estilo – se o estilo é essa excessiva proeminência das saliências e das pregnâncias então sou um idolatra do estilo, um praticante dos seus mistérios, um cultor dos seus segredos. Porém há que levar mais longe o estilo como sua dissolução acentuando ainda mais as suas convexidades e concavidades, aumentando o delirio das diferenças, retendo as guerras e os impetos. Esse estado explosivo e cruel é porém uma criatura minuciosa, apta às vezes para as mais espetaculares economias assim como para os faustosos dispendios.
Contra o estilo – contra os cultores monológicos, o emprobrecimento, a redução ao minimo. O estilo é positivo porque reduz ao máximo as interjeicções. O estilo como o hábito é a pior das domesticações: há um tempo para o estilo, mas toda a perpetuação para a eternidade é um nojo. Só chegam à posteridade os estilos que a recusam.
A posteridade – se somos inevitavélmente proféticos isso não resulta de um desejo de assentarmos nessa futuração: pistas são pistas e o que vem é sempre outro. Eis uma das razões para essa in-disposição do futuro. A nossa disponibilidade para o futuro é o ser contra a posteridade, isto é, o sabermos a radical não posse que é o devir.
Quem teme enfrentar os problemas modernos? Os artistas modernos nas suas luxuosas colmeias vivem a letargia do trabalho de abelhas que não conhecem a luz do dia, nem o pólen. Como não trabalham nesta uraniana paz a ruina das flores vai sendo inevitável. Detêm-se hipnotizados pela compactidão do conforto. O homeóstético sai para as clereiras, dorme ao relento, constrói pequenos abrigos – não teme a doença, a fome, as catástrofes, porque kairos o conduz.
Ainda o estilo – A radicalidade da desmesura entendida como obsessão: o grande compasso estílistico homeostético. Desmesura nas mais infimas orquestrações.
O estilo não é a interjeição domesticada por um código, mas o “polemos” entre interjeição e os códigos. (oposição entre a noção clássica de estilo e a homeostética)
Não temos pressa do Novo, nenhuma ansiedade: somos vagarosos – o Novo encontra-se apenas nessas minuncias temporais.
Que idealismos! Que canduras! Que friquismos! – exclamam os maquínicos detractores da homeostética, palitando os dentes. Mas de que necessitam os nossos daimones mais que esses dinamismos, essas canduras impetuosas, essa errância despreocupada. Os deuses favorecem esta nossa aventura, só fora dela estaremos expostos à suas inclemências. Perante a sua consumada impotência os espectadores retorcem os seus tediosos grunhidos.
O erro – é fugindo que nos encontramos (sic): não é o equivoco um dos nossos principais motores?
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