Saturday, January 05, 2008

vocabulário de novíssimos termos explicadistas


O explicadismo foi e é uma tendência praticada por mim e o pedro portugal desde 2003, do qual há uma quantidade enorme de obras e textos - este vocabulário é desses inícios

Anagoritmo – série de cálculos ou de enunciados que visam evitar um determinado resultado ou uma série deles (matemáticas apofáticas). Da mesma forma existe uma lógica cujos silogismos são encadeados de modo a não deduzirem ou provarem determinados factos, como por exemplo Deus, etc.

Panomia – termo empregue para designar uma multiplicidade de leis de carácter e origens distintos que apesar de por vezes entrarem em conflito em determinadas zonas o seu funcionamento local contribui e para o funcionamento global.

Metamorfisse – representação transicional de formas de procedências diversas.

Kairocronismo – fracção de tempo favorável que se determina em função das variáveis Métis e Enthousiasmos.


Synvalência – propriedade de determinados termos cujos significado além de flutuante é acossado de polivalência (vulgar).


Axiofisismo – encarnação ou adaptação de valores ou axiomas sem que estes necessitem de ser «conscientes» ou demoradamente reflectidos. Pragmatismo delirante ou inconsciente.


Descomplexidade – prática descomplexada de complexidades. Combinatória risomática de sequências stokausticas. Imprevisibilidade imanente a que corresponde uma deliberação aventurosa quer do domínio teórico quer das próprias tácticas.


Homeonética – sistema (raro) capaz de assimilar e entrar em acção nas situações post-paradoxológicas.


Abcisão – capacidade de apreender e traduzir um sistema distinto, mesmo quando estranho ou adverso, utilizando quer a Mimética , quer a análise ou a cópia.


Mimética – noção que une a mimesis à ética. Cada situação especifica exige uma atitude ética distinta. A mimética é uma percepção/absorção epidérmica das complexidades num conjunto de coordenadas espacio-multiversais.


Multicrónica – o que evolui continua ou descontinuamente ao longo de várias sequências temporais sem desaparecer completamente.


Variolética – movimento do pensamento que consiste em multiplicar opiniões, asserções ou teses distintas, algumas vezes contraditórias, outras pontualmente convergentes, sem se dar ao trabalho de demonstrar qualquer relação estrita de vínculo ou adversidade (em oposição à dialética). A Variolética funciona perante uma «tese» como um conjunto de variações musicais: invertendo a tese, alterando o ritmo, a sequência, etc, mas mantendo o «tema» subjacente como núcleo obcessivo.


Refuncionamento – retoma de funcionamento de um organismo que no estado precedente parecia condenado a uma disfunção crescente ou desaparecimento.


Afectivicácia – acção eficaz entendida como suplemento afectivo de um organismo. Regulação desses afectos através da regulação das carências e dos excessos.


Endoirogeno – Erupção erótica num corpo sem causas externas.


Exoirogeno – Clima ou pressão erótica sobre determinado corpo.


Antropia – Conceito da anti-termodinâmica (o universo está em reaquecimento e é não dispersivo, concentrando os seus espaços e as suas energias). Capacidade de um organismo se enriquecer, vitalizar e complexificar sem passar por um processo de entropia/neguentropia.


Caosmocentrismo – Noção (leibnitziana?) de que cada coisa ou «caosmos» se representa exactamente a si mesmo não deixando de representar o resto do mundo (tudo é espelho de tudo).


Alteregoísmo – Propriedade de tornar determinados egoísmo altamente proveitosos para os outros.


Antidade – O que é prévio a um ente. O clima que antecede a sua aparência e é já a sua presença.


Epistemotopias – Os lugares do conhecimento. A epistemotopia explica como é que os espaços, a sua geometria e a localização dos sujeitos determinam a apreensão dos epistemas.


Etnoperiferismo – Tendência da maior parte das sociedades actuais para a desvalorização das suas tradições e culturas locais em função de uma cultura planetária, manipulada a partir de 2 ou 3 centros. Diáspora sem sair do território.


Extraínte – Agente ou mecanismo que rouba a outro sistema as suas propriedades.


Retardação – Propriedade de um sistema se desviar dos fins a que pareceria estar configurado. Estes casos são também ditos fenómenos desteleológicos.


Porosidade – Zonas «fronteiriças» de sistemas complexos onde há permeabilidade ou contrabando, permitindo alterações de diverso tipo quer na «aparência» quer no «interior».


Alavanca – Palavra que designa uma acção forte e eficaz de poder.


Ultrabilidade – Capacidade invulgar de reacção, produção, regeneração, aprendizagem, etc. A ultrabilidade acontece em organismos que aparentam ligeireza e imaturidade. Conformação – Informação que entretém um sistema de forma a que pouco seja alterado (pan e circe).


Heterostasia – Capacidade de um organismo gerir as desordens que vêm do exterior.


Heterosteticas – Estéticas intermitentes e fragmentárias que contribuem para a reciclagem dos movimentos homeostéticos.


Fonogénese – Nascimento por vibração. Ao contrário da morfogénese que designa a cristalização em formas, as fonogéneses diluem-se em ondas cada vez mais fracas. Embora haja uma aparente tendência da fonogénese para o silêncio, ela mantém o mundo num banho sussurrante de micro-ondas. Pelo contrário, as teorias antrópicas consideram que nos inicios é o silêncio e que que os universos estão no caminho irrediável para um ruído ensurdecedor.


Multinstabilidades – É o caso (assaz vulgar) de uma relativa estabilidade ameaçada por várias instabilidade de procedência e tipo distinto. Toda a estabilidade vive e é reciclada de multinstabilidades.


Co-dramatização – Surge quando vários agentes co-organizam/desorganizam um acto de tal forma que esse sistema se consolida e a cooperação é alargada a outros sistemas.


Interdisparidade – Acção em que o heterógeneo é concertado em determinados movimentos.


Retroinacção – propriedade de bloquear ou suspender determinadas retroacções.


Desrepresentação – situação em que os representantes teatralizam metalinguisticamente (e comicamente) a sua própria teatralidade.


Samântica – Ramo da semântica que investiga os sinais premonitórios (advinhação).


Liberomecanismo – Mecanismo de um mecanismo cujas propriedades permitem que se livre do organismo dominador deixando em aberto a possibilidade de uma relativa autonomia ou de associação (ou integração) com outro organismo.


Interarquia – Conexões e alterações de co-relações entre diversos poderes.


Alearquia – sociedade em que as interarquias são extremamente frequentes.


Patática – Táticas com características irrisórias nas quais os adversários são facilmente derrotados graças uma redução ao ridículo.


Vagabilidade – Diz-se de um sistema cujos dispositivos comunicativos não são aparentemente precisos. A vagabilidade tem também um sentido estratégico que designa a propriedade de transmissão aos aos sistemas adversos do menor número de informações fiáveis

Zigurástica – Todos o tipo de cómico-simbolismo proveniente da obcessão por zigurats.


Negantropia – Possibilidade de uma antropia se entropisar, com ou sem neguentropias.


Toleologia – Lógica que permite notáveis avanços graças ao recurso à tolice.


Transindisciplinariedade – Interacção de várias indisciplinas ou de sistemas indisciplinados. A transindisciplinariedade não pretende comprometer-se com nenhuma «compreensão do mundo» seja em que estado for, mas apenas desfrutar poeticamente as complexidades simultâneas que as indisciplinas permitem.


9=0 - Teoria rival e idêntica à de 6=0. Ao contrário desta última, que parte do pressuposto da Doxa do Ângulo Recto ( definindo o universo como cúbico, e utilizando analogias com o I Ching sobretudo na categorização em 64 mutações), o 9=0 parte do pressuposto que o universo é estruturado a partir de estruturas ternárias (o universo equilátero?): é a chamada Doxa do Triângulo Equitativo. Há para esta Doxa analogias com os nove rasas hindus ou com o Tai Hsuang Xing (livro obscuro do sec II a.c. mas só recentemente editado (1995) que estava previsto geometricamente no primeiro dos cadernos doxa e foi desenvolvido por Proença no inicio da década de 90). Existe também o bolismo (a Doxa da Curva Perfeita, desenvolvida por Brito e Vieira) cuja equação é 0=0. Segundo a lógica post-paradoxológica, a estas 3 doxas corresponde a expressão rigorosa 6=9=0.

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