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Budonga foi escrito de jacto, como uma má prosa surrealista ou beat. Esta primeira página foi glosada e variada por mim em meia dúzia de versões seguintes ao longo de vários anos. Budonga é o trajecto que nos leva da vida tediosa para uma harmonia selvagem. Variante do Heart of Darkness de Conrad e da Alice no País das Maravilhas, diria um critico banalis. Pois claro! É certo que este é um esforço narcísico de reeditar a experiência de escrita de Budonga. Primitivismo histérico? Desejo de evasão? Patétice alucinogénia? Ou cartografia xamânica de um imaginário feito de palimpsestos?